Expedição nº111 S. Tiago

Organização

IIª Secção

• os elementos são denominados Exploradores e as suas idades entre os 10 e os 14 anos;
• os Exploradores estão divididos em Patrulhas de 4 a 8 elementos;
• denomina-se Expedição a Unidade formada pelas Patrulhas de Exploradores, de 2 a 5 Patrulhas;
• cada Patrulha designa-se pelo nome de um animal, o Totem, cuja silhueta figura na bandeirola da Patrulha e cujas cores do distintivo distinguem os seus membros;
• o patrono da II Secção é São Tiago Maior;
• o patrono da Expedição 111 é São Tiago;
• os Exploradores reúnem na Base (sala da Expedição) ou nos Cantos (espaços de patrulha);
• a actividade típica da Expedição é a Aventura;
• a cor representativa desta secção é o Verde;

SPP

Sistema de Progressão Pessoal

“Parabéns! Estás nos Escuteiros, nos Exploradores.
No Escutismo vais encontrar outros rapazes e raparigas que, como tu, também um dia vieram para os Escuteiros, os Exploradores. Vais ainda ter alguém que estará ao teu lado para tudo o que precisares e que te vai ajudar em todas as situações; a Equipa de Animação.
Terás a oportunidade de descobrir um mundo fantástico! Terás amigos e companheiros de inúmeras aventuras que vais poder preparar e viver. Sim, isso mesmo! Vais ajudar a preparar tudo o que vais fazer porque aqui a tua opinião conta e é importante!
Nessas aventuras terás oportunidade de descobrir locais diferentes, de aprender a fazer coisas por ti próprio (já pensaste em comer numa mesa feita por ti?), de jogar muitos jogos divertidos (que não só futebol ou jogos de computador), de partilhar uma fogueira à noite com os teus amigos, de “caçar tesouros” incríveis e muito, muito mais…”

Os Exploradores encontram estas palavras no Caderno de Descobertas, um manual da maior importância para o seu crescimento no escutismo.

Na expedição, os primeiro passos do SPP são dados na fase do ‘Apelo’. O ‘Apelo’ é composto por algumas provas de conhecimento, provas essas que levam os candidatos a Exploradores (noviços e aspirantes), a conhecerem melhor o Escutismo, o que é ser Escuteiro e o que é ser Explorador.

Caderno
de Pista II

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ADN da Secção

O Imaginário da segunda Secção é o Explorador, que parte à descoberta do desconhecido.
A «descoberta do desconhecido» tem como grande objectivo proporcionar uma descoberta de si próprio e dos outros no «caminho a percorrer», que conduza à descoberta do amor de Deus.

Mística e Simbologia

A Mística desta Secção está inspirada, por um lado, nesse grande personagem, tantas vezes descrito por BP no “Escutismo para Rapazes” e em tantos outros escritos, que é o Explorador, e, por outro lado, nos Heróis do Povo de Deus.

A escolha destes personagens como pedras angulares da Mística desta Secção, tem em consideração as necessidades e as aspirações dos jovens de hoje, e os objectivos educativos do Escutismo e da Igreja.

O Explorador

Antes de tudo, este personagem é um homem bom que aprendeu, enquanto jovem, a conhecer e a amar a natureza, a ser auto-disciplinado e auto-suficiente, a adaptar-se ao meio ambiente em que vive, e a respeitar e a viver com as outras pessoas.

É de uma riqueza imensurável a forma como este conceito de explorador nos é apresentado por BP, pois permite, de uma forma simples e clara, verificar que o/a pré-adolescente e o/a adolescente não são adultos em miniatura, mas sim seres em construção, e que a adolescência é um momento importante na formação da personalidade do futuro Homem.

Tal como o antigo explorador, os jovens aprendem, num mundo fortemente marcado por desigualdades de toda a ordem (sociais, económicas, religiosas, raciais, políticas, etc…), a viver com os outros, a respeitar, a amar e a proteger a natureza (riqueza da qual somos, diariamente, despojados pelas agressões constantes do “progresso” dos nossos dias), e a ver nela a obra do Criador.

O exemplo deste personagem, portador de valores profundamente actuais tais como a solidariedade, a criatividade e o respeito pela natureza, permite promover uma educação orientada por valores universais, concretizados num modelo que se adapte às necessidades dos dias de hoje e que permita projectar, no futuro, a imagem do Homem.

Além disso, é o ambiente em que o/a Explorador/a vive permite transformar todo o acto educativo, proposto para a II Secção, num espaço de Aventura, onde o/a pré-adolescente e o/a adolescente são colocados perante desafios que, graças a um esforço pessoal e comunitário, vai superando, adquirindo cada vez mais novas competências e realizando novas “performances”.

É, aliás, com base neste imaginário de aventura e sentido de cooperação, que se vai desenvolver toda a actividade desta Secção, proporcionando assim novas vivências e novas acções, a descoberta de novos mundos e o desenvolvimento de capacidades para a auto-suficiência.

Os Heróis do Povo de Deus

A par dos exploradores, os Heróis do Povo de Deus ajudam a enriquecer a proposta educativa para os pré-adolescentes e adolescentes do CNE. As aventuras que as suas vidas encerram particularmente a do Patrono, S. Jorge, são um elemento catalisador, para que as actividades sejam fortemente marcadas por uma dinâmica que vai permitir ao pré-adolescente a descoberta do Homem, criado à imagem e semelhança de Deus.

A existência deste elemento na Mística da Secção, permite que a formação religiosa do pré-adolescente e do adolescente seja mais objectiva, isto é, que ela tenha um suporte subjacente, facilmente materializável em modelos portadores de valores universais como:

– A vivência em comunidade;
– A comunhão de bens;
– A unidade;
– A espiritualidade;
– O serviço;
– A humildade;
– A fraternidade;
– O desprendimento/a disponibilidade.

Assim, ao sentido profundamente humano e amante da natureza do Explorador, acrescenta-se o elemento transcendental da Fé, proporcionando um melhor clima para o aparecimento e desenvolvimento da educação integral dos jovens.

É neste ambiente que mais facilmente brotará uma vivência escutista, permitindo consubstanciar a finalidade do Escutismo Católico: proporcionar aos adolescentes meios de auto-formação que os levem a intervir na sociedade, à luz do Evangelho, vivendo a sua fé caminhando para ela.

Os Símbolos

A simbologia ajuda-nos a perceber a identidade dos Exploradores. O imaginário da segunda secção gira todo à volta do Explorador, aquele que parte à descoberta do desconhecido. Como símbolos, a secção terá a Flor-de-Lis, a Vara, o Chapéu, o Cantil e a Estrela.

A Flor-de-Lis
É o símbolo do escutismo de que o explorador é a imagem mais facilmente reconhecida. Nas três folhas da flor-de-lis reconhecemos os três princípios do escutismo, e os três compromissos assumidos na fórmula da promessa escutista. A flor-de-lis é, também, símbolo de rumo, indicando o norte nas cartas topográficas e de marear. É portanto um auxiliar básico de alguém que pretende descobrir o mundo.

A Vara
É um símbolo facilmente associado ao imaginário do escuteiro dos primeiros anos da fundação e, por outro lado à simbologia de São Tiago, Maior, o peregrino. A Vara do escuteiro tem um conjunto alargado de utilidades, de onde se destaca o auxílio, à caminhada, à progressão da marcha, na navegação, no ultrapassar de obstáculos, em relação aos perigos e às adversidades. Simboliza assim a solidariedade e o progresso.

O Chapéu
É símbolo da protecção. Protecção do sol, em primeira análise, mas também do frio, da chuva, etc. É ainda associado à imagem que temos do próprio B.-P., que se preocupou em arranjar um chapéu para os escuteiros antes de mais nada. Também São Tiago é reconhecido pelo chapéu que caracteriza o traje do peregrino, especialmente no contexto dos caminhos de Santiago de Compostela.

O Cantil
É ao mesmo tempo símbolo da responsabilidade – andar sem água não é inteligente -, na sua vertente de depósito, mas é também símbolo de coerência, de estar preparado, como pedia B.-P.. Está associado também à sede de conhecimento, à sede de descoberta e de acção, característica do explorador. A cabaça, associada à imagem de São Tiago Maior é, também, ou, acima de tudo, um cantil.

A Estrela
É símbolo da orientação. A Estrela Polar e o Cruzeiro do Sul são referências de orientação, especialmente de noite, quando é mais difícil seguir um rumo. Todos os grandes exploradores recorreram a elas para concretizar os seus sonhos. São pilares na imensidão do céu, sinal da grandeza de Deus, que nos transmitem a segurança da fé, e a certeza do sucesso. Foi uma estrela, que segundo a lenda permitiu encontrar o túmulo do Apóstolo São Tiago e é lá, no Campo da Estrela – Campus stella, Compostela – que permanecem os seus restos mortais. A vieira, símbolo jacobeu, é, também, de certa forma, uma estrela. Além disso, do ponto de vista bíblico, a estrela evoca ainda a Aliança de Deus com Abraão, em que lhe promete uma descendência mais numerosa que as estrelas do céu, imagem do Povo que Deus escolheu para Si, do qual também nós somos parte.
Os Exploradores são chamados a seguir o exemplo de algumas figuras bíblicas e santos que serão também para eles modelos de vida: Abraão, Moisés, David, Sto. António, Sta. Isabel de Portugal, bem como, o exemplo de grandes Exploradores como Fernão de Magalhães, Ernest Shakleton, Neil Armstrong, Gago Coutinho, Sacadura Cabral, Jacques Cousteau, Dian Fossey, Infante D.Henrique, Rosie Stanset, etc.

Oração do Escuta

Senhor Jesus,
Ensinai-me a ser generoso,
A servir-Vos como Vós o mereceis,
A dar-me sem medida,
A combater sem cuidar das feridas,
A trabalhar sem procurar descanso,
A gastar-me sem esperar outra recompensa,
Senão saber que faço a Vossa vontade santa.
Ámen.